A criança surda sofre de uma alteração grave numa das mais importantes condições da vida humana - a COMUNICAÇÃO.
Da mesma forma que a criança ouvinte adquire a língua oral também a criança surda aprende a língua gestual se a ela tiver acesso. O ensino da Língua Gestual Portuguesa, o mais precoce possível, possibilita a comunicação e o desenvolvimento global da criança surda, potencializando as suas capacidades cognitivas.
Mas de que serve a criança surda ter o domínio da LGP se a família, os amigos, os colegas da escola e os professores não aprenderem essa língua?
Por outro lado, sabemos que é muito mais difícil para um ouvinte adquirir competências em LGP do que para uma criança surda, mas é urgente que façamos algum esforço para a aprender!
Enquanto isso, deixo algumas RECOMENDAÇÕES para melhorar e simplificar a comunicação com a criança surda.
- Falar claramente, movimentando bem a boca e pronunciando bem cada palavra, mas sem exagerar.
- Falar em ritmo normal, salvo quando for solicitado a fazê-lo mais devagar.
- Falar com tom normal de voz, gritar não adianta.
- Como a criança surda não pode ouvir as mudanças subtis no tom de voz do seu interlocutor, indicando sarcasmo ou seriedade, ela fará a leitura das expressões faciais, dos gestos ou movimentos do corpo para entender o que quer comunicar-lhe.
- Manter o contacto visual, enquanto durar a conversação, pois o simples desviar do olhar pode dar a entender-lhe que a conversa já terminou.
RECOMENDAÇÕES mais específicas para professores:
- A criança surda necessita de apoio técnico específico.
- A sala de aulas deve ter uma boa iluminação.
- O educador deve evitar passear pela sala enquanto explica ou questiona as crianças em particular. Deverá falar de forma que o seu rosto seja bem percepcionado.
- O recurso diário a materiais didácticos (grafovisuais) construídos para o efeito ou adaptados é uma necessidade permanente.
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