quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Face Painting



Aqui está algo que eu gostaria de saber fazer... Mas... ainda não tive a oportunidade de participar num workshop... são tão caros...
Mas pode ser que surja a oportunidade... Acho simplesmente magnífico a forma como conjugam as cores... Adoraria aprender as técnicas...
As crianças divertem-se imenso com as suas pinturas faciais que lhes permitem desenvolver momentos descontraídos de brincadeira, de partilha e incentivar o espírito criativo e estético.
As cores e as formas, os desenhos permitem o uso da imaginação de tantas formas...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Dartacão...

Pois... Porque recordar é viver... Eu tenho algumas saudades dos desenhos animados que via quando era mais pequenita... Então uma vez por mês vou colocar um clip de um dos meus preferidos!!!
Para dar início começo com este, que simplesmente adorava !!!!

Jogo dos Peixinhos


Jogam pelo menos dez crianças, sendo necessário um espaço relativamente plano. Três ou quatro crianças juntam-se num círculo de mãos dadas, formando a rede. As outras crianças, os peixinhos, ficam fora deste círculo. As crianças da rede combinam entre si, em voz baixa, um número (por exemplo, o dez). Este número é desconhecido dos peixinhos.
As crianças da rede levantam os braços e começam a contar em voz alta lentamente até ao número combinado, neste exemplo, o dez. Os peixinhos começam então a correr, entrando e saindo constantemente da rede, passando por baixo dos braços levantados das crianças que a constituem. Quando a contagem atinge o número combinado, as crianças da rede baixam os braços ao mesmo tempo e os peixinhos que estiverem no interior da rede ficam presos e passam automaticamente a pertencer à rede. Combina-se um novo número em voz baixa e recomeça-se a contagem para se efectuar uma nova pescaria, até que todos os peixinhos fiquem presos.
Deve-se avisar as crianças que constituem a rede de que a contagem deve ser feita em ritmo constante e em voz alta. Isto, porque é vulgar que as crianças empreguem uma entoação mais forte e arrastada quando a contagem se aproxima do número combinado. Tal situação avisa os peixinhos, que fogem da rede.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

10 Princípios Educacionais


1. Envolver as crianças nas coisas que lhe dizem respeito;
2. Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças;
3. Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas;
4. Investir em tempo e energia para construir uma pessoa “total”;
5. Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos;
6. Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativos às crianças;
7. Modelar os comportamentos que se pretende ensinar;
8. Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades;
9. Construir segurança, ensinando confiança;
10. Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança a atingir determinados níveis de desenvolvimento.
Gabriela Portugal

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Bowling Diferente :)


Uma ideia divertida e diferente para criar o bowling para os mais pequenos... Assim até se torna mais apelativa para os pequenitos tentarem acertar com a bola :)
Ideia que também dá para adaptar para se acertar nestes simpáticos animais com um arco!! Aqui ficam os passos para a construção deste jogo!!!

domingo, 24 de agosto de 2008

Poema sobre os Direitos da Criança

1.
A criança
Toda a criança.
Seja de que raça for
Seja negra, branca, vermelha ou amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale a língua que falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela tem direito…

2.
…A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.
O homem vai proteger a criança
Com leis, ternura, cuidados
Que a tornem livre, feliz,
Pois só é livre, feliz
Quem pode deixar crescer
Um corpo são,
Quem pode deixar descobrir
Livremente
O coração
E o pensamento.
Este nascer e crescer e viver assim
Chama-se dignidade.
E em dignidade vamos
Querer que a criança
Nasça
Cresça,
Viva…

3.
E a criança nasce
E deve ter um nome
Que seja o sinal dessa dignidade.
Ao sol chamamos Sol
E à vida chamamos Vida
Uma criança terá o seu nome também.
E ela nasce numa terra determinada
Que a deve proteger.
Chamemos-lhe Pátria a essa aterra,
Mas chamemos-lhe antes Mundo…

4. … E nesse mundo ela vai crescer:
Já a sua mãe teve o direito
A toda a assistência que assegura um nascer perfeito.
E, depois, a criança nascida,
Depois da hora radial do parto,
A criança deverá receber
Amor,
Alimentação
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz…

5.
…Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.

6.
E a criança nasceu
E a desabrochar como
Uma flor
Uma árvore,
Um pássaro,
E
Uma flor,
Um a árvore,
Um pássaro
Precisam de amor – a seiva da terra, a luz do sol.
De quanto amor a criança não precisará?
De quanto amor a criança não precisara?
De quanta segurança?
Os pais e todo o mundo que rodeia a criança
Vão participar na aventura
De uma vida que nasceu.
Maravilhosa aventura!
Mas se a criança não tem família?
Ela tê-la-á sempre: numa sociedade justa
Todos serão sua família.
Nunca mais haverá uma criança só
Infância nunca será solidão.

7.
E a criança vai aprender a crescer.
Todos temos de ajudar!
Todos!
Os pais, a escola, todos nós!
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E aos outros.
Descobrir o seu mundo,
A sua força,
O seu amor,
Ela vai aprender a viver
Com ela própria
E com os outros:
Vai aprender a fraternidade,
A fazer fraternidade
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar.

8.
Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar…
Será o sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes…

9.
A criança é um mundo
Precioso
Raro
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,
Hoje:
Se as não magoarmos
Elas poderão continuar
Livres
E ser a força do mundo
Mesmo que frágeis continuem…

10.
A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Sado seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poder
Á deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende, nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!

Matilde Rosa Araújo

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

As Orientações Curriculares

“As Orientações Curriculares vieram dar uma maior visibilidade à educação pré-escolar, trazendo uma certa dignificação social do papel dos educadores, enquanto profissionais, uma vez que muitas famílias desconheciam o trabalho do educador e qual a sua função educativa”.[1]

A educação pré-escolar só se tornou patente, a nível legislativo, a partir de a 1986. Somente, com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro), a educação pré-escolar começa a ser valorizada. No entanto, não dispunha de um quadro legislativo próprio, passando a tê-lo, quando em Dezembro de 1996, a Assembleia da República fez a sua proposta de Lei do Governo, aprovando por unanimidade, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar (Lei n.º5/97, de 10 de Fevereiro).
As Orientações Curriculares constituem um conjunto de princípios para apoiar o educador nas decisões sobre a sua prática com as crianças, constituindo um indicador e não um programa a cumprir.
Deste modo, o objectivo das Orientações Curriculares consiste em promover uma melhoria da qualidade da educação pré-escolar, uma vez que “constitui um instrumento de apoio à investigação, reflexão e desenvolvimento do trabalho do educador que lhe permita ir compreendendo e melhorando a sua prática profissional”[2]. Estas orientações baseiam-se num princípio em que “não há uma única maneira de educar todas as crianças em todos os contextos sociais e que a adequação de diferentes modelos curriculares depende das crianças, dos educadores e dos contextos”[3]
Quanto à sua estrutura, as orientações apresentam-se divididas em dois capítulos, em que o primeiro faz referência aos princípios gerais e aos objectivos pedagógicos presentes na Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, os fundamentos e organização das OCEPE e as orientações globais para o educador. Enquanto que o segundo refere-se, mais especificamente, à Intervenção Educativa, e apresenta-se subdividido em quatro partes, organização do ambiente educativo, as áreas de conteúdo, continuidade educativo, as áreas de conteúdo, continuidade educativa e intencionalidade educativa. A organização do ambiente educativo inclui a abordagem sistémica e ecológica do ambiente educativo; a organização do grupo, do espaço e do tempo; a organização do meio institucional; e a relação com os pais e outros parceiros educativos.
No que diz respeito às áreas de conteúdo fala-se da articulação dos conteúdos; da área de Formação Pessoal e Social; da área de Expressão e Comunicação com os seus três domínios (domínio das expressões musical, motora, plástica e dramática, domínio da linguagem oral e abordagem à escrita e domínio da matemática) e da área de Conhecimento do Mundo.

Sempre com o intuito de preparar bem a criança para o futuro, torna-se relevante que cada educador as consulte, que faça uma análise aprofundada, pois existe sempre algo de novo e interessante que pode estimular novos métodos e novas aprendizagens.


[1] SERRA, Célia, Currículo na Educação Pré-Escolar e Articulação curricular com o 1º Ciclo do Ensino Básico, Porto Editora 2004 p. 69.
[2] Escola Superior de Comunicação Social, Pensar no Currículo em Educação de Infância VII Encontro Nacional da APEI, Edição Associação de Profissionais de Educação de Infância, Lisboa 1 a 4 de Abril de 1997 p.53
[3] Idem.p53

Crianças & Cozinha

É sempre muito divertido realizar actividades com as crianças na “cozinha” pelo que até agora tenho percebido, as crianças gostam muito de cozinhar e apreciar o resultado final, sobretudo quando têm a oportunidade de se deliciar com os preparados!
Assim, deixo aqui uma receita muito simples que se pode realizar com as crianças durante uma actividade!!!
Mas lembrem-se, o mais importante não é que o resultado seja bonitinho, mas sim que as crianças se divirtam!!


Mousse de Laranja

Ingredientes:
* 1 copo de água morna,
* 10 colheres de sopa de açúcar,
* 1 copo de sumo de laranja,
* 4 ovos,
* 1 folha de gelatina.

Modo de Preparação:
Colocar a gelatina de molho no copo de água morna e bater as claras em castelo. Misturar bem as gemas de ovo e o açúcar.
De seguida juntar o sumo de laranja, a gelatina, e a gemada e bater bem.
Depois, deitar as claras em castelo.
Por fim, distribuir em tacinhas e levar ao frigorífico.



Bons Cozinhados!!!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Documentário Être et Avoir


Quero partilhar convosco este documentário que a mim me sensibilizou muito e que considero ser muito construtivo para todos os profissionais de Educação! As relações que se estabelecem entre as crianças e o professor são, na minha opinião, o mais fascinante!
Deixo aqui uma pequena interpretação minha sobre este documentário que se realizou numa pequena aldeia de França, a aldeia de Auvergne e reflecte o ambiente escolar que aí se vive. O professor, o Monsieur Lopez acompanha numa mesma sala crianças com idades muito diferentes, desde o pré-escolar até ao ensino básico. Ensina os grupos de crianças consoante a sua faixa etária em lições separadas, certificando-se sempre de que entendem as tarefas que lhes são pedidas.
Na minha opinião, este documentário é de uma magnificência no que respeita à forma como o professor se relaciona com as crianças e à maneira como as procura envolver nas tarefas cativando-as e motivando-as. O professor procura ir de encontro às necessidades, capacidades, características e interesses de cada criança, tratando cada uma com atenção, compreensão, sensibilidade e respeitando o seu espaço. É curioso que quando alguma criança tem alguma dúvida e pergunta ao professor, este responde-lhe com outra pergunta, fazendo-a descobrir as respostas e sobretudo, compreender a resposta a que se chega.
Importa, ainda, evidenciar o tipo de relações que são construídas dentro desta sala pois é notória a forma como se podem fortificar laços afectivos entre as pessoas, neste caso, mais particularmente entre as crianças e o professor.
Lopez procura sempre estratégias para que os seus alunos superem as dificuldades e a troca de ideias em grande grupo sobre os trabalhos das crianças, havendo uma reflexão, auto-avaliação e hetero-avaliação.
Com este documentário podemos observar ainda, a forma como o professor enfrenta as dificuldades que surgem no dia-a-dia e como resolve os conflitos que surgem entre as crianças. Retrata, também, o modo como prepara as aulas (tanto a nível de actividades como de materiais) tendo em conta as capacidades e necessidades de cada criança. O professor procura criar e desenvolver a autonomia de cada criança, propondo-lhes trabalhos onde têm que tomar decisões e revelar iniciativa. E claro, conversa com cada uma, ouvindo-as com tempo e com interesse, dando-lhes conselhos.
Em suma, para mim, este documentário é muito importante no que respeita às relações que se estabelecem entre crianças, entre estas e os adultos e a organização do ambiente educativo que facilita estas relações.
Aqui deixo algumas imagens deste comentário...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Intervenção Precoce na Infância


A Intervenção Precoce na Infância (IPI) segundo Dias (1997: 11) é um conjunto de estratégias e recursos utilizados de modo multidisciplinar, com o fim de prevenir o mais cedo possível falhas no desenvolvimento da criança, que possam condicionar o seu normal posicionamento ao longo da vida, e para Correia e Serrano (1998: 69) é a disponibilização de serviços adequados para as crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e ainda para aquelas em risco de virem a apresentar NEE e suas famílias.
Estes autores defendem que a IPI deve ser enquadrada numa perspectiva ecológica, isto é, têm de se adaptar meios para envolver a família, sendo esta co-autora da intervenção. Pimentel (1997: 146) citando Leitão (1989) define IPI como um serviço que engloba toda uma gama diversificada de serviços – médicos, educativos e sociais – que procuram, através do desenvolvimento de projectos e de programas adequados às necessidades especiais das crianças abrangidas, evitar ou reduzir ao máximo os efeitos negativos que determinados factores provocam no crescimento e desenvolvimento infantil.
Todas estas definições são consensuais numa orientação centrada nas famílias e em que existem objectivos traçados e individualizados. Esse conjunto de objectivos visam responder às necessidades de cada criança em risco e da sua família, envolvendo todos os recursos formais/informais da comunidade de forma a se tornar eficaz.
Correia e Serrano (1998: 21) afirmam que a criança apesar de estar no centro da acção/intervenção deverá ter-se sempre em conta todo o meio que a envolve (recursos formais/informais) para que se possa também agir nesse mesmo meio ou recorrer a ele.
Os serviços a prestar às crianças e à família devem resultar da colaboração entre várias instituições e apoios informais que melhor respondam à globalidade das necessidades e aspirações sentidas pelo núcleo familiar.
A IPI é orientada pelas necessidades da família e da criança, enfatiza as forças (não os défices) e promove a escolha e o controlo da família sobre os recursos desejados. A abordagem de IPI deve ajudar as famílias a responder às necessidades específicas das crianças com necessidades educativas especiais, de modo a estas não se tornarem dependentes dos serviços de apoio.
Assim, a IPI é uma área importante, quer a nível de políticas quer a nível profissional, no que respeita ao direito das crianças em idades muito precoces e das suas famílias, a receber o apoio de quem possam necessitar. A IPI tem como objectivo apoiar e atribuir direitos à criança e à sua família e aos serviços envolvidos. Ajuda, assim, a construir uma sociedade inclusiva e coesa atenta aos direitos das crianças e das suas famílias.
Em Portugal com a publicação do Decreto-Lei 319/91 de 23 de Agosto privilegia-se a total integração das crianças com NEE nas escolas do ensino regular, tendo por objectivo contribuir para que estas crianças vivam em meios o menos restritos possível, convivendo com as ditas “normais”. Contudo, verificam-se algumas dificuldades na implementação dos programas de IPI. Segundo Correia e Serrano (1998: 29) existe grande heterogeneidade e assimetria de projectos demonstrando ainda uma acção demasiado centrada na criança e não na família. No entanto, a Portaria nº 52/97 de 21 de Janeiro permitiu que se iniciasse uma acção mais concertada ao nível da IPI. Esta Portaria aplica-se a Instituições de educação especial tuteladas pelo Ministério da Educação que em articulação com as equipas de apoio educativo devem desenvolver acções e projectos comuns de IPI.


FONTES:
Correia, L. M. & Serrano, A. M. (1998). Envolvimento Parental em Intervenção Precoce – Das práticas centradas na criança às práticas centradas na família. Porto: Porto Editora. Colecção Educação Especial.
Dias, J. C. (1997). Intervenção Precoce: uma acção preventiva. Revista Integrar, 12, 11-13.
Pimentel, J.S. (1997). Um bebé diferente. Da Individualidade da Interacção à Especificidade da Intervenção. Lisboa: Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

As Tartarugas

Durante o meu mini estágio numa sala de creche com crianças de dois anos, estas tiveram a oportunidade de ver o número de elementos que constituía a sala aumentar, pois uma mãe levou para a sala uma pequena tartaruga.
Assim, eu e a minha colega pensámos em três actividades que poderíamos fazer, tendo as tartarugas como “tema” principal!
Apresento-vos agora o que fizemos…
Primeiro levámos e mostrámos às crianças duas tartarugas reais e que eram relativamente maiores à que existia na sala… Foi muito engraçado assistir às suas inúmeras reacções. Os mais curiosos quiseram logo mexer, tocar e agarrar enquanto que os mais tímidos se encolhiam com algum receio. Falámos um pouquito sobre as tartarugas onde ficámos todos a saber o que comem estes bichinhos, depois cada criança teve oportunidade de tocar nas tartarugas… Afinal todas as crianças têm a necessidade de explorar o que lhes é desconhecido!
Depois, bem lavadinhas as mãos, passámos para um pequeno jogo de regras onde aprendemos o que não se pode fazer às tartarugas, como dar doces, pôr lixo no aquário, pisar, entre outras coisas… Aqui está o quadro que ficou na sala para as crianças se lembrarem…
Este quadro tinha X vermelhos e quadrados azuis… os X era para o que não se podia fazer, enquanto que os quadrados eram para o que estava correcto… (tivemos o cuidado de fazer regras suficientes para que todas as crianças pudessem jogar.
Aqui, fiquei bastante surpreendida porque crianças tão pequeninas (a maioria) conseguiram, no fim do jogo falar sobre as regras.
De seguida, cada crianças pode pintar uma tartaruga numa folha A4… A intenção inicial era pintar apenas com a ponta dos dedos, fazer a impressão, mas muitas gostaram de mergulhar a mão no prato com tinta e misturar as cores no seu papel, algo que revelou a criatividade de muitas e efeitos muito originais.
Por fim, a última actividade que pensámos, foi a realização de uma tartaruga!!!
Previamente preparámos a casca de uma noz, com uma argola para fazer de carapaça das tartarugas que as crianças iam construir, depois, com massa de modelar, as crianças fizeram o resto do corpo. Como o dia já estava no fim, não houve oportunidade para as pintar!
Foi um dia, para mim, extremamente enriquecedor, pois apesar de serem tão pequeninas, as crianças com dois anos revelaram-se mais inteligentes e capazes do que inicialmente eu pensava! Aliás, durante todo o meu estágio, estas crianças enchiam-me o coração e é com imensas saudades que as recordo e penso muitas vezes: “Tempo volta para trás”

domingo, 17 de agosto de 2008

Perfil Específico de Desempenho Profissional do Educador de Infância

Decreto Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto

I - Perfil do educador de infância
1 - Na educação pré-escolar, o perfil do educador de infância é o perfil geral do educador e dos professores do ensino básico e secundário, aprovado em diploma próprio, com as especificações constantes do presente diploma, as quais têm por base a dimensão de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem daquele perfil.

2 - A formação do educador de infância pode, igualmente, capacitar para o desenvolvimento de outras funções educativas, nomeadamente no quadro da educação das crianças com idade inferior a 3 anos.

II - Concepção e desenvolvimento do currículo
1 - Na educação pré-escolar, o educador de infância concebe e desenvolve o respectivo currículo, através da planificação, organização e avaliação do ambiente educativo, bem como das actividades e projectos curriculares, com vista à construção de aprendizagens integradas.

2 - No âmbito da organização do ambiente educativo, o educador de infância:
a) Organiza o espaço e os materiais, concebendo-os como recursos para o desenvolvimento curricular, de modo a proporcionar às crianças experiências educativas integradas;
b) Disponibiliza e utiliza materiais estimulantes e diversificados, incluindo os seleccionados a partir do contexto e das experiências de cada criança;
c) Procede a uma organização do tempo de forma flexível e diversificada, proporcionando a apreensão de referências temporais pelas crianças;
d) Mobiliza e gere os recursos educativos, nomeadamente os ligados às tecnologias da informação e da comunicação;
e) Cria e mantém as necessárias condições de segurança, de acompanhamento e de bem-estar das crianças.

3 - No âmbito da observação, da planificação e da avaliação, o educador de infância:
a) Observa cada criança, bem como os pequenos grupos e o grande grupo, com vista a uma planificação de actividades e projectos adequados às necessidades da criança e do grupo e aos objectivos de desenvolvimento e da aprendizagem;
b) Tem em conta, na planificação do desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem, os conhecimentos e as competências de que as crianças são portadoras;
c) Planifica a intervenção educativa de forma integrada e flexível, tendo em conta os dados recolhidos na observação e na avaliação, bem como as propostas explícitas ou implícitas das crianças, as temáticas e as situações imprevistas emergentes no processo educativo;
d) Planifica actividades que sirvam objectivos abrangentes e transversais, proporcionando aprendizagens nos vários domínios curriculares;
e) Avalia, numa perspectiva formativa, a sua intervenção, o ambiente e os processos educativos adoptados, bem como o desenvolvimento e as aprendizagens de cada criança e do grupo.

4 - No âmbito da relação e da acção educativa, o educador de infância:
a) Relaciona-se com as crianças por forma a favorecer a necessária segurança afectiva e a promover a sua autonomia;
b) Promove o envolvimento da criança em actividades e em projectos da iniciativa desta, do grupo, do educador ou de iniciativa conjunta, desenvolvendo-os individualmente, em pequenos grupos e no grande grupo, no âmbito da escola e da comunidade;
c) Fomenta a cooperação entre as crianças, garantindo que todas se sintam valorizadas e integradas no grupo;
d) Envolve as famílias e a comunidade nos projectos a desenvolver;
e) Apoia e fomenta o desenvolvimento afectivo, emocional e social de cada criança e do grupo;
f) Estimula a curiosidade da criança pelo que a rodeia, promovendo a sua capacidade de identificação e resolução de problemas;
g) Fomenta nas crianças capacidades de realização de tarefas e disposições para aprender;
h) Promove o desenvolvimento pessoal, social e cívico numa perspectiva de educação para a cidadania.

III - Integração do currículo
1 - Na educação pré-escolar, o educador de infância mobiliza o conhecimento e as competências necessárias ao desenvolvimento de um currículo integrado, no âmbito da expressão e da comunicação e do conhecimento do mundo.

2 - No âmbito da expressão e da comunicação, o educador de infância:
a) Organiza um ambiente de estimulação comunicativa, proporcionando a cada criança oportunidades específicas de interacção com os adultos e com as outras crianças;
b) Promove o desenvolvimento da linguagem oral de todas as crianças, atendendo, de modo particular, às que pertencem a grupos social e linguisticamente minoritários ou desfavorecidos;
c) Favorece o aparecimento de comportamentos emergentes de leitura e escrita, através de actividades de exploração de materiais escritos;
d) Promove, de forma integrada, diferentes tipos de expressão (plástica, musical, dramática e motora) inserindo-os nas várias experiências de aprendizagem curricular;
e) Desenvolve a expressão plástica utilizando linguagens múltiplas, bidimensionais e tridimensionais, enquanto meios de relação, de informação, de fruição estética e de compreensão do mundo;
f) Desenvolve actividades que permitam à criança produzir sons e ritmos com o corpo, a voz e instrumentos musicais ou outros e possibilita o desenvolvimento das capacidades de escuta, de análise e de apreciação musical;
g) Organiza actividades e projectos que, nos domínios do jogo simbólico e do jogo dramático, permitam a expressão e o desenvolvimento motor, de forma a desenvolver a capacidade narrativa e a comunicação verbal e não verbal;
h) Promove o recurso a diversas formas de expressão dramática, explorando as possibilidades técnicas de cada uma destas;
i) Organiza jogos, com regras progressivamente mais complexas, proporcionando o controlo motor na actividade lúdica, bem como a socialização pelo cumprimento das regras;
j) Promove o desenvolvimento da motricidade global das crianças, tendo em conta diferentes formas de locomoção e possibilidades do corpo, da orientação no espaço, bem como da motricidade fina e ampla, permitindo à criança aprender a manipular objectos.

3 - No âmbito do conhecimento do mundo, o educador de infância:
a) Promove actividades exploratórias de observação e descrição de atributos dos materiais, das pessoas e dos acontecimentos;
b) Incentiva a observação, a exploração e a descrição de relações entre objectos, pessoas e acontecimentos, com recurso à representação corporal, oral e gráfica;
c) Cria oportunidades para a exploração das quantidades, com recurso à comparação e estimativa e à utilização de sistemas convencionais e de processos não convencionais de numeração e medida;
d) Estimula, nas crianças, a curiosidade e a capacidade de identificar características das vertentes natural e social da realidade envolvente;
e) Promove a capacidade de organização temporal, espacial e lógica de observações, factos e acontecimentos;
f) Desperta o interesse pelas tradições da comunidade, organizando actividades adequadas para o efeito;
g) Proporciona ocasiões de observação de fenómenos da natureza e de acontecimentos sociais que favoreçam o confronto de interpretações, a inserção da criança no seu contexto, o desenvolvimento de atitudes de rigor e de comportamentos de respeito pelo ambiente e pelas identidades culturais.